domingo, 16 de dezembro de 2012

Treze poemas


______________________________beijo na boca

de tão feliz não querer dormir
euforia adolescente
acerca de mim, voo que sublima
beijo na boca sem língua

afeto que não mingua
lua cheia semi nua
afeto que não finda
beijos na boca sem língua .

São Paulo, 2011.



____________________olhos negros no talude

a vida se esparrama
o afeto se esparrama
como susana-dos-olhos-negros
no talude.


São Paulo,  2011.

                             
                             
__________________________________________________morpheu
Agora afora a noite a madrugada.
afoita aflora o medo e a gota d'água
na seca, na seca brava
correr pra Morfeu antes da alvorada.
       
 São Paulo, 2011

_____________________________________sozinha

Solícita
solidária
solitária
o Sol
tudo que é Sol me rodeia
tudo que expande, se estende
tudo que  é grande
solicitude
solidariedade
solidão
em Sol maior.

São Paulo, 1989


_______________________________________________princesas

não me contaram quando criança 

sobre a possibilidade do príncipe trocar de princesa
acreditar em príncipe encantando não é nada

pior é acreditar que só exista uma princesa para cada um.


Camburi, 1989

_______________________________________clareira azul

O medo de mergulhar e não voltar
deste olhar
o ardor de mergulhar
por uma via transversa
informo que tive a ótica de um robô
na tentativa de ser moderna
uma lógica exata
sentimentos giratórios, metralhadoras
disparo paixões não decifradas
a volta de um rapaz  voraz
uma serenata tardia
suave nostalgia
Benjor magnético
eu vou voltar a ter um magnético coração
que dor , que medo de paralisar
um anjo em guarda ainda me resta
vou mergulhar no fundo
deste azul
vou clarear ainda mais 
a luz azul do teu olhar
clareira azul que me seduz.

São Paulo, 1994

____________________________desajeitada

era tão desajeitada no amor
era como se carregasse uma pilha de pratos
as pernas tremiam
dava um arrepio na barriga
depois pisava nos cacos.

São Paulo, 1979

____________________________________________ a propósito

do poema eu faço o que eu quero:

um docinho adornado
com fios de lua, arco e íris
adestro minhocas
ressuscito um amor desencantado
equilibro-me nos estais e coisas
guardo em caixetas os camafeus de Dona Belarmina
espero a filha que jamais concebi
até deixo a boate às quatro da madrugada 
só para salvar o poema e outros que tais

dele eu faço o que eu quero, Dona Berenice.

Salvador, 1997


_____________________________________virtual

sei que nosso amor está muito 
eletrônico
é só a gente ter mais uma
chance
é só a gente parar de se eclipsar
no imaginário
no aquário
no sexo incendiário
e qualquer hora dessas aí ele fica 
virtual
sei que este século já era
mas não dá pra adiar tudo pra
nova era
será que a gente vai se lembrar de tentar?
será que a gente vai estar lá?

São Paulo, 1995

______________________________________________flagrante

mas aquele homem amava tanto...
amava com o coração saindo pela boca
foi quando aconteceu o inusitado:
numa noite, bêbado e na fossa
foi autuado em flagrante
com o coração pelado.

São Paulo, 1983

__________________________________a alma e as luvas

Minha alma estranha a
tua
nada se encaixa como uma
luva

minha alma reclama 
a tua
sou a amante sob a Lua

meu peito se esvazia
essa dor não é minha

devolvo-te a Lua
a alma e 
as luvas

vazias.

   Salvador, 1999. Musicado por Fernando Gatti em 2003.

_____________________________saber o saber

saber saber o saber
é uma espiral infinita
infinita a caminhada
o que não se encontra é o que
mais desagrada
querer ter prazer aprisiona
o prazer é para o sabor
com sabor

com sabor
do coração bater e os pulmões
inflarem para que os fluidos
dos amantes 
lubrifiquem a doce delícia
do viver.

Salvador, 1998

__________________________________________samba da menina


seus olhos me comiam
você brincou de mãos dadas com a minha tristeza
você mudou o trajeto
você me extraviou, me violou
abriu o meu armário
mexeu na minha vida
você mudou as falas, não me deu a deixa!

você tumultuou minha cabeça
misturou nela coisas suas
você musa me tornou
mas você se intrometeu
mexeu no que não era seu
você falou que era uma maneira
quando tivesse que ser, seria
você fez pose, fez cena
ficou ainda mais bonita
mais lasciva,mais sabida
você me comeu com os olhos!

brincamos de mãos dadas...
aí eu escalei seu corpo como seu fosse a montanhista
e me atrevi com a sua cabeça como seu fosse uma menina.

São Paulo, 1983

Treze poemas.


______________________________beijo na boca

de tão feliz não querer dormir
euforia adolescente
acerca de mim, voo que sublima
beijo na boca sem língua

afeto que não mingua
lua cheia semi nua
afeto que não finda
beijos na boca sem língua .

São Paulo, 2011.



____________________olhos negros no talude

a vida se esparrama
o afeto se esparrama
como susana-dos-olhos-negros
no talude.


São Paulo,  2011.

                             
                             
__________________________________________________morpheu
Agora afora a noite a madrugada.
afoita aflora o medo e a gota d'água
na seca, na seca brava
correr pra Morfeu antes da alvorada.
       
 São Paulo, 2011

_____________________________________sozinha

Solícita
solidária
solitária
o Sol
tudo que é Sol me rodeia
tudo que expande, se estende
tudo que  é grande
solicitude
solidariedade
solidão
em Sol maior.

São Paulo, 1989


_______________________________________________princesas

não me contaram quando criança 

sobre a possibilidade do príncipe trocar de princesa
acreditar em príncipe encantando não é nada

pior é acreditar que só exista uma princesa para cada um.


Camburi, 1989

_______________________________________clareira azul

O medo de mergulhar e não voltar
deste olhar
o ardor de mergulhar
por uma via transversa
informo que tive a ótica de um robô
na tentativa de ser moderna
uma lógica exata
sentimentos giratórios, metralhadoras
disparo paixões não decifradas
a volta de um rapaz  voraz
uma serenata tardia
suave nostalgia
Benjor magnético
eu vou voltar a ter um magnético coração
que dor , que medo de paralisar
um anjo em guarda ainda me resta
vou mergulhar no fundo
deste azul
vou clarear ainda mais 
a luz azul do teu olhar
clareira azul que me seduz.

São Paulo, 1994

____________________________desajeitada

era tão desajeitada no amor
era como se carregasse uma pilha de pratos
as pernas tremiam
dava um arrepio na barriga
depois pisava nos cacos.

São Paulo, 1979

____________________________________________ a propósito

do poema eu faço o que eu quero:

um docinho adornado
com fios de lua, arco e íris
adestro minhocas
ressuscito um amor desencantado
equilibro-me nos estais e coisas
guardo em caixetas os camafeus de Dona Belarmina
espero a filha que jamais concebi
até deixo a boate às quatro da madrugada 
só para salvar o poema e outros que tais

dele eu faço o que eu quero, Dona Berenice.

Salvador, 1997


_____________________________________virtual

sei que nosso amor está muito 
eletrônico
é só a gente ter mais uma
chance
é só a gente parar de se eclipsar
no imaginário
no aquário
no sexo incendiário
e qualquer hora dessas aí ele fica 
virtual
sei que este século já era
mas não dá pra adiar tudo pra
nova era
será que a gente vai se lembrar de tentar?
será que a gente vai estar lá?

São Paulo, 1995

______________________________________________flagrante

mas aquele homem amava tanto...
amava com o coração saindo pela boca
foi quando aconteceu o inusitado:
numa noite, bêbado e na fossa
foi autuado em flagrante
com o coração pelado.

São Paulo, 1983

__________________________________a alma e as luvas

Minha alma estranha a
tua
nada se encaixa como uma
luva

minha alma reclama 
a tua
sou a amante sob a Lua

meu peito se esvazia
essa dor não é minha

devolvo-te a Lua
a alma e 
as luvas

vazias.

   Salvador, 1999. Musicado por Fernando Gatti em 2003.

_____________________________saber o saber

saber saber o saber
é uma espiral infinita
infinita a caminhada
o que não se encontra é o que
mais desagrada
querer ter prazer aprisiona
o prazer é para o sabor
com sabor

com sabor
do coração bater e os pulmões
inflarem para que os fluidos
dos amantes 
lubrifiquem a doce delícia
do viver.

Salvador, 1998

__________________________________________samba da menina


seus olhos me comiam
você brincou de mãos dadas com a minha tristeza
você mudou o trajeto
você me extraviou, me violou
abriu o meu armário
mexeu na minha vida
você mudou as falas, não me deu a deixa!

você tumultuou minha cabeça
misturou nela coisas suas
você musa me tornou
mas você se intrometeu
mexeu no que não era seu
você falou que era uma maneira
quando tivesse que ser, seria
você fez pose, fez cena
ficou ainda mais bonita
mais lasciva,mais sabida
você me comeu com os olhos!

brincamos de mãos dadas...
aí eu escalei seu corpo como seu fosse a montanhista
e me atrevi com a sua cabeça como seu fosse uma menina.

São Paulo, 1983

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

treze poemas de Jane Fiuza Virmond

                                  

______________________________beijo na boca

de tão feliz não querer dormir
euforia adolescente
acerca de mim, voo que sublima
beijo na boca sem língua

afeto que não mingua
lua cheia semi nua
afeto que não finda
beijos na boca sem língua .

São Paulo, 2011.



____________________olhos negros no talude

a vida se esparrama
o afeto se esparrama
como susana-dos-olhos-negros
no talude.


São Paulo,  2011.

                               
                               
__________________________________________________morpheu
Agora afora a noite a madrugada.
afoita aflora o medo e a gota d'água
na seca, na seca brava
correr pra Morfeu antes da alvorada.
         
 São Paulo, 2011

_____________________________________sozinha

Solícita
solidária
solitária
o Sol
tudo que é Sol me rodeia
tudo que expande, se estende
tudo que  é grande
solicitude
solidariedade
solidão
em Sol maior.

São Paulo, 1989


_______________________________________________princesas

não me contaram quando criança 

sobre a possibilidade do príncipe trocar de princesa
acreditar em príncipe encantando não é nada

pior é acreditar que só exista uma princesa para cada um.


Camburi, 1989

_______________________________________clareira azul

O medo de mergulhar e não voltar
deste olhar
o ardor de mergulhar
por uma via transversa
informo que tive a ótica de um robô
na tentativa de ser moderna
uma lógica exata
sentimentos giratórios, metralhadoras
disparo paixões não decifradas
a volta de um rapaz  voraz
uma serenata tardia
suave nostalgia
Benjor magnético
eu vou voltar a ter um magnético coração
que dor , que medo de paralisar
um anjo em guarda ainda me resta
vou mergulhar no fundo
deste azul
vou clarear ainda mais 
a luz azul do teu olhar
clareira azul que me seduz.

São Paulo, 1994

____________________________desajeitada

era tão desajeitada no amor
era como se carregasse uma pilha de pratos
as pernas tremiam
dava um arrepio na barriga
depois pisava nos cacos.

São Paulo, 1979

____________________________________________ a propósito

do poema eu faço o que eu quero:

um docinho adornado
com fios de lua, arco e íris
adestro minhocas
ressuscito um amor desencantado
equilibro-me nos estais e coisas
guardo em caixetas os camafeus de Dona Belarmina
espero a filha que jamais concebi
até deixo a boate às quatro da madrugada 
só para salvar o poema e outros que tais

dele eu faço o que eu quero, Dona Berenice.

Salvador, 1997


_____________________________________virtual

sei que nosso amor está muito 
eletrônico
é só a gente ter mais uma
chance
é só a gente parar de se eclipsar
no imaginário
no aquário
no sexo incendiário
e qualquer hora dessas aí ele fica 
virtual
sei que este século já era
mas não dá pra adiar tudo pra
nova era
será que a gente vai se lembrar de tentar?
será que a gente vai estar lá?

São Paulo, 1995

______________________________________________flagrante

mas aquele homem amava tanto...
amava com o coração saindo pela boca
foi quando aconteceu o inusitado:
numa noite, bêbado e na fossa
foi autuado em flagrante
com o coração pelado.

São Paulo, 1983

__________________________________a alma e as luvas

Minha alma estranha a
tua
nada se encaixa como uma
luva

minha alma reclama 
a tua
sou a amante sob a Lua

meu peito se esvazia
essa dor não é minha

devolvo-te a Lua
a alma e 
as luvas

vazias.

   Salvador, 1999. Musicado por Fernando Gatti em 2003.

_____________________________saber o saber

saber saber o saber
é uma espiral infinita
infinita a caminhada
o que não se encontra é o que
mais desagrada
querer ter prazer aprisiona
o prazer é para o sabor
com sabor

com sabor
do coração bater e os pulmões
inflarem para que os fluidos
dos amantes 
lubrifiquem a doce delícia
do viver.

Salvador, 1998

__________________________________________samba da menina


seus olhos me comiam
você brincou de mãos dadas com a minha tristeza
você mudou o trajeto
você me extraviou, me violou
abriu o meu armário
mexeu na minha vida
você mudou as falas, não me deu a deixa!

você tumultuou minha cabeça
misturou nela coisas suas
você musa me tornou
mas você se intrometeu
mexeu no que não era seu
você falou que era uma maneira
quando tivesse que ser, seria
você fez pose, fez cena
ficou ainda mais bonita
mais lasciva,mais sabida
você me comeu com os olhos!

brincamos de mãos dadas...
aí eu escalei seu corpo como seu fosse a montanhista
e me atrevi com a sua cabeça como seu fosse uma menina.

São Paulo, 1983

       Blogger/Facebook/outubro-2012./Jane Fiuza Virmond
                                                Brasil
        

sábado, 20 de outubro de 2012

Adoniran Barbosa

A situação aqui está cínica: os mais pior vai pras Clínica!

Como é meu atendimento com o I Ching?

"O mundo é uma entidade espiritual que se plasma por suas próprias leis." Lao Tzé.

I Ching, um livro milenar chinês, um Tratado sobre o funcionamento da Natureza e sua ação sobre a vida humana. Na medida em que contém respostas sábias, nos guia como oráculo, (entidade adivinhatória). O oráculo pode ser acionado através de um jogo de moedas ou varetas: ao se reverenciar perante o livro , concentrar-se em sua questão e lançar por seis vezes as moedas um símbolo (ou até 2) se formará: o hexagrama. Através de suas linhas, seus textos e julgamentos correspondentes a esse hexagrama sorteado a resposta à sua pergunta se desvendará. Também pode ser compreendido como sincronicidade, com dizia Jung. O fato é que o Livro responde a você, a o que você invocou. Meu trabalho é intermediar esse acesso: 1- interpreto suas seis jogadas para formar o hexagrama. 2- formada a resposta, analiso toda a configuração. 3- vamos ao Livro onde lerei em voz alta tudo que você precisa saber, acrescentando minha interpretação dos símbolos e das analogias para que a "linguagem chinesa" fique mais acessível a você. Eu transmito a orientação e as mensagens que o oráculo quer lhe dizer.Uma consulta dura em torno de uma hora e meia. IMPORTANTE: Não é necessário que você diga sua pergunta em voz alta para mim. Você pode formulá-la mentalmente, para si e para o oráculo, apenas. De qualquer maneira ele vai se revelar. O que for falado durante a consulta é guardado em sigilo absoluto por mim. Eu não sou mestra nem psicanalista, mas estou apta a fazer qualquer encaminhamento necessário a guias religiosos ou profissionais da área de psicologia caso a pessoa queira ou precise. Sou atriz por formação (D.R.T.:9996-SP), isso me favoreceu na transmissão da Arte Milenar Oracular que é o I Ching , na transmissão dos Textos e Julgamentos em que uma leitura " limpa" , com boa voz e agradável ao consulente deve ser realizada e nas pesquisas incessantes que faço em torno do tema. Iniciei-me no I Ching há 21 anos, através de um ator e de uma psicóloga. Sou estudiosa do I Ching há 20 anos, praticante de meditação taoísta e membro do Ten Tao (templo taoísta). O arquétipo de uma cigana zen é o que me move neste trabalho,mas o exercício espiritual junto ao semelhante é soberano em minha vida. Respeito, seriedade e reverência ao ser humano também. O dinheiro que tanto necessito para viver num sistema capitalista deve vir depois. A certeza de que o I Ching é capaz de te orientar em qualquer situação é o que conheço como FÉ.  E minha profissão. Jane Fiuza Virmond.
Atendimento todas às quartas-feiras, no Espaço Paula Salgado (setor Esotérico). Rua Sete de Abril, 356, Galeria Itapetininga, ao lado do metrô República. São Paulo -SP
Atendimento apenas com hora marcada pelo tel: 991349153 (claro)

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Praça Roosevelt Sampa


55 milhões numa praça???
Não reformaram o sub-solo, não arborizaram corretamente... Não tem fonte, não tem concha acústica, não tem coreto, não tem laguinho....
Com esse dinheiro daria pra construir umas 50 praças... de ouro!
Segue um texto coerente.

“Praça Seca”

São Paulo não tem as maravilhosas praias do Rio, não tem o Pão de Açúcar, nem o Corcovado, não tem o lindo e arborizado Aterro do Flamengo, mas pode agora se vangloriar de ter a sua Praça Seca, como a que fica em Jacarepaguá, no subúrbio do Rio de Janeiro, muito embora a de lá seja seca só no nome, diferentemente da Nova Praça Roosevelt, inaugurada às pressas com fins eleitoreiros, e que é seca em todos os sentidos.
O que é aquilo? Pra onde escoaram tantos milhões gastos? Onde se esconderam os conceituados e consagrados arquitetos de São Paulo, que não conseguiram evitar tal desastre e criar ali algo aprazível?
O atual Prefeito Kassab, além de se negar a criar áreas verdes e parques no centro da cidade, consegue contribuir, às custas de uma fortuna do contribuinte, com mais um espaço árido, seco e desprovido de vegetação, ignorando por completo a Organização Mundial de Saúde, que determina 12 a 15 m² de verde por habitante.
O Centro de São Paulo tem, atualmente, míseros 0,5 m² de verde por habitante.
Portanto, atenção futuros Prefeitos da cidade!                                                                     
Mais urgente e necessário que se preserve a última área verde do centro, entre as ruas Caio Prado e Marques de Paranaguá, e que se crie ali, imediatamente, o Parque Municipal Augusta, com 24 mil m² de puro verde.

Sérgio Carrera
Aliados do Parque Augusta – Movimento SOS Parque Augusta

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Estava andando pela rua agora e vi um jardineiro plantando muitas hemerocallis... não resisti, pedi uma muda e ele me deu! lembrança de quando voltava da escola e pegava uma para dar à minha mãe... mas elas não resistem e murcham em minutos. Na época isso me intrigava. Depois de adulta é que aprendi que não se arranca flor nenhuma.

sábado, 15 de setembro de 2012

Poema de Manoel de Barros.
Por viver muitos anos dentro do mato
moda ave
O menino pegou um olhar de pássaro -
Contraiu visão fontana.
Por forma que ele enxergava as coisas
por igual
como os pássaros enxergam.
As coisas todas inominadas.
Água não era ainda a palavra água.
Pedra não era ainda a palavra pedra.
E tal.
As palavras eram livres de gramáticas e
podiam ficar em qualquer posição.
Por forma que o menino podia inaugurar.
Podia dar às pedras costumes de flor.
Podia dar ao canto formato de sol.
E, se quisesse caber em uma abelha, era
só abrir a palavra abelha e entrar dentro
dela.
Como se fosse infância da língua.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O cinismo que assola

"No mundo contemporâneo, não ganhou nem o platonismo nem o aristotelismo nem os sofistas; quem ganhou foram os cínicos.
A sociedade se transformou num espelho de cinismo. O que a imprensa, a TV, a internet permitem como divulgação do cinismo é uma coisa extraordinária." 
José Arthur Gianotti (filósofo e professor)

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

I Ching


O I-Ching é um livro de filosofia e também um oráculo -um livro considerado capaz de dar conselhos sábios. "I", em chinês, significa "mutação" e "movimento", e "Ching" quer dizer "livro clássico", assim, "I-Ching" quer dizer "Livro das Mutações".
   O I-Ching foi concebido por um imperador legendário da China, Fu Hsi, em tempos imemoriais, como um livro de símbolos, sem texto. Estes signos representavam os "estágios da mutação", entendidos como os estágios da vida e ciclos da Natureza. Ao redor de 1150 a.C., o rei Wên e seu filho, o duque de Chou, acrescentaram textos a esses símbolos, por considerar que eles eram muito difíceis de serem compreendidos sem explicações escritas. Mais tarde, foram acrescentados a esses textos novos apêndices explicativos atribuídos ao filósofo chinês Confúcio.
 O I Ching ( Livro das Mutações) é um Tratado sobre o funcionamento da Natureza animal, vegetal e mineral.
 É composto de 64 imagens ( os hexagramas) que resumem o conjunto da realidade do Universo. 


Read more: http://escrivaninhavoadora.blogspot.com/2011/11/o-que-e-o-i-ching.html#ixzz1kdfxe7oZ

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Correndo pro set (foto)

Eu e a atriz Jussara Mathias, correndo para o set do curta Lotação. Salvador/BA 1998

Drogas

" A escolha de se drogar é uma doença? Devemos considerar doente quem não se autoregula como nós?" Contardo Calligaris, psicanalista.